terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Assaduras na virilha

MICOSE NA VIRILHA –TINEA CRURIS
A micose na virilha, chamada em medicina de tinea cruris, é uma das infeções fúngicas da pele mais comuns. A tinea cruris costuma atingir as regiões inguinal (virilhas), coxas e nádegas, causando placas avermelhadas e intensa coceira.
O QUE É TINEA CRURIS?
As micoses superficiais da pele são chamadas de dermatofitoses ou tinea. Os fungos dermatófitos, isto é, que provocam dermatofitoses, são os dos gêneros Trichophyton, Microsporum ou Epidermophyton.
As dermatofitoses podem acometer diversas áreas do corpo, como couro cabeludo (chamada de tinea capitis), pés (tinea pedis), barba (tinea barbae), unhas (tinea unguium) ou tronco e membros (tinea corporis).
A infecção fúngica que acomete a região genital e inguinal (virilhas) é chamada de tinea cruris. A micose da virilha é a segunda dermatofitose mais comum, perdendo apenas para a tínea pedis, a micose dos pés, popularmente conhecida como frieira.
A onicomicose, que é a micose da unha (tinea unguium), já foi descrita em um artigo à parte, acessível neste link:MICOSE DE UNHA | Onicomicose.
A frieira, que é a micose dos pés,Pé de atleta.
CAUSAS DA MICOSE DE VIRILHA
A imensa maioria dos casos de micose na virilha são causados pelo fungo Trichophyton rubrum. Esse fungo pode ser um habitante normal da pele, sem necessariamente provocar doenças, já que o nosso sistema imunológico consegue mantê-lo sob controle, desde que a pele mantenha-se limpa e seca. Em épocas de maior calor, porém, algumas áreas do corpo ficam constantemente úmidas e quentes, tal como a virilha e a região genital, favorecendo a proliferação de fungos, resultando nas micose.
O fungo Trichophyton rubrum, que provoca a micose da virilha, é o mesmo que causa a frieira (pé de atleta). Por isso, em muitos casos, o paciente tem dermatofitose nos pés e na virilha ao mesmo tempo.
COMO SE PEGA MICOSE NA VIRILHA
A tinha cruris é uma infecção contagiosa transmitida por fômites, como toalhas, lençóis ou roupas contaminadas com o fungo. A micose na virilha também pode ocorrer como auto-contaminação pela micose dos pés (frieira). O paciente após mexer nos pés, pode ter suas mãos contaminadas com o fungo, levando-os até a região da virilha. Ter relações sexuais com uma pessoa infectada também é uma forma de contágio.
Todavia, não basta ter contato com o fungo para desenvolver micose. Para que o microrganismo vença nosso sistema imunológico, ele precisa encontrar um meio propício para sua multiplicação. Calor, umidade e ausência de luz são as condições mais adequadas para a proliferação das micoses. A virilha é muito propícia à ocorrência de infecções fúngicas, pois, além de passar grande parte do dia coberta, é uma região de dobras e com pelos, que permanece frequentemente úmida e quente.
Épocas de calor, uso de roupas quentes e apertadas, excesso de suor, permanecer com roupas de banho molhadas por muito tempo, má higiene pessoal e não trocar com frequência as roupas interiores são fatores que favorecem o desenvolvimento da tina cruris.
Outros fatores de risco para o aparecimento da micose na virilha são:
Sexo masculino (a tinea cruris é 3 vezes mais comum em homens).
Hiperidrose
Suor em excesso).
Praticar esportes de contato intenso, como lutas.
Obesidade 
 Síndrome metabólica).
Diabetes mellitus 
HIV 
Psoríase 
Dermatite atópica 
As micoses de pele ocorrem com mais frequências nas pessoas com sistema imunológico fraco, todavia, também são muito comuns em indivíduos sadios, sem qualquer problema de saúde.
SINTOMAS DA MICOSE NA VIRILHA
Os principais sintomas da micose na virilha são coceira e vermelhidão local, chamada de rash. A área inflamada pode apresentar alguma ardência, tornando incômodo o uso de certos tipos de roupa interior.
A tinea cruris geralmente começa com uma placas avermelhadas na face interna de uma ou ambas as coxas, com bordas bem demarcadas. Quando causada pelo fungo Trichophyton rubrum, a doença costuma se estender para baixo, sobre as coxas e até na região pubiana e glúteos. As lesões costumam se expandir em forma de círculos.
Em metade dos casos o paciente também apresenta outro tipo de tinea, geralmente tinea pedis (frieira).
No sexo masculino, a bolsa escrotal e o pênis são habitualmente poupados. Este é um detalhe importante, pois ajuda na distinção entre a tinea cruris e a infeção por cândida, já que a candidíase na região inguinal em homens muitas vezes acomete a bolsa escrotal.
Micose na virilha – Tínea cruris
O diagnóstico pode ser confirmado com uma raspagem da lesão e avaliação microscópica do material à procura de fungos. Como a cândida e os dermatófitos são fungos com aspectos distintos, é possível distingui-los através do exame microscópico.
TRATAMENTO DA MICOSE NA VIRILHA
O tratamento da micose na virilha pode ser feito com pomadas antifúngicas, muitas delas vendidas sem necessidade de receita médica.
As pomadas indicadas são as que contêm um dos seguintes antifúngicos:
Terbinafina
Naftifina
Cetoconazol
Miconazol
Tioconazol
Cotrimazol
Oxiconazol
As cinco últimas substâncias têm ação contra dermatófitos e cândida. Cremes ou pomadas à base de nistatina servem para candidíase, mas não para dermatofitoses, não sendo indicadas para o tratamento da tinea cruris.
Deve-se evitar pomadas que contenham corticoides na sua fórmula, tais como betametasona ou triancinolona, pois estas substâncias podem atrapalhar o tratamento e mascarar os sintomas.
Em casos de pacientes imunossuprimidos, ou quando o tratamento com pomadas não dá resultado, medicamentos por via oral, como griseofulvina, fluconazol ou terbinafina podem ser prescritos.
Como a tinea pedis (frieira) e onicomicose (micose de unha) são fatores de risco para a tinea cruris, é importante também tratar as duas condições para diminuir o risco de recorrência da micose na virilha.
Aplicação diária de talco na região inguinal para manter a área seca ajuda a prevenir recorrências. Os pacientes devem ser aconselhados a evitar banhos quentes e roupas apertadas. Os homens devem usar cuecas largas, de preferência boxers (cueca samba-canção). Mulheres devem usar calcinha de algodão e evitar calças apertadas. Após o banho, a área inguinal deve ficar bem seca. Sugere-se separar uma toalha para secar a área infectada e outra para o resto do corpo. Não use a mesma roupa interior após o banho.
Como Tratar Assaduras Naturalmente
As assaduras são o resultado da irritação decorrente do atrito da pele com ela mesma, com roupas e outros materiais. Os principais pontos de assaduras são as coxas, a virilha, as axilas, a barriga e os mamilos. Caso o problema não seja tratado, a inflamação pode aumentar e, em casos raros, uma infecção pode surgir. Os atletas, por conta do uso contínuo de roupas justas, e as pessoas acima do peso, por conta do contato excessivo de pele com pele, são as pessoas mais afetadas pelas assaduras. Experimente alguns remédios naturais simples para o tratamento — alguns deles são sustentados por pesquisas científicas, enquanto outros surgiram do conhecimento popular — e previna-as com algumas mudanças no estilo de vida.
 remédios caseiros verificados
Limpe o local da assadura. Utilize um sabão neutro e sem fragrância para realizar a limpeza e enxágue bem. Se preferir, experimente um sabão à base
de óleo de plantas.
2 Mantenha a pele seca. Seque bem todas as partes que costumam apresentar assaduras ou já estejam assadas. Ao se secar com uma toalha limpa, não esfregue-a na pele, pois isso pode causar mais irritações: dê
batidinhas leves.
Se preferir, utilize um secador de cabelo na potência baixa para secar as áreas com assaduras. O calor do secador pode ressecar demais a pele e causar ainda mais irritações.
3 Hidrate os locais assados com um lubrificante natural. O óleo de amêndoas, o óleo de rícino, o óleo de calêndula, a lanolina e as pomadas A+D são boas opções. É importante lembrar que tais pomadas contêm fragrâncias e devem ser evitadas caso você tenha alguma alergia.
Aplique o lubrificante na pele seca e limpa duas vezes ao dia. Caso não seja impossível evitar o atrito com a pele assada, faça mais aplicações do lubrificante. Se quiser, coloque uma gaze limpa sobre a área após a aplicação do lubrificante para manter a pele protegida do atrito sem impedir
que ela respire. 
4 Aplique aloe vera no local. O gel de aloe vera, proveniente da babosa, é um tratamento caseiro muito utilizado para queimaduras que também pode aliviar assaduras por conter nutrientes que reparam os danos da pele, reduzindo a irritação e
a coceira. 
O gel pode ser aplicado diretamente na assadura para aliviar imediatamente a coceira e a vermelhidão. Se você tiver uma planta de babosa em casa, basta quebrar uma pequena folhinha e aplicar o gel sempre que quiser tratar o problema rapidamente. É possível comprar o gel de aloe vera em farmácias. Não esqueça de procurar produtos compostos por 100% de babosa.
5 Tome um banho de aveia. O ressecamento da pele e as assaduras ocorrem quando a pele sofre atrito constante com ela mesma ou com outros materiais. Com o tempo, a fricção constante remove a pele e pode causar até mesmo sangramentos. A aveia possui propriedades medicinais que hidratam, limpam e agem como anti-inflamatórios para proteger e aliviar a queimação na pele. Um banho de aveia é um modo bastante relaxante
de tratar uma assadura em casa. 
Encha uma banheira com água morna e adicione 1 ou 2 xícaras de pó de aveia. Deixe a mistura assentar por alguns minutos antes de entrar na banheira. Fique no banho por 20 a 25 minutos para permitir que a aveia se ligue à pele e alivie a irritação. Repita o processo todos os dias. Resista à tentação de esfregar a pele. Em vez disso, dê batidinhas leves com o excesso de aveia e água para tratar pontos mais problemáticos. Enxágue o corpo com água morna e seque-o com uma toalha limpa

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.