SARNA HUMANA –ESCABIOSE
A escabiose, conhecida popularmente por sarna humana ou pereba, é uma doença de pele causada por um ácaro chamado Sarcoptes scabiei. A sarna é uma infecção contagiosa, que pode se espalhar rapidamente através de contato físico próximo, como ocorre entre pessoas quem moram na mesma casa ou crianças em creches.
Ácaro – Sarcoptes scabiei.
Transmissão da escabiose.
Sintomas da sarna.
Sarna crostosa (sarna norueguesa).
Tratamento da sarna.
ÁCARO – SARCOPTES SCABIEI
Os ácaros são seres microscópicos de oito patas, da classe dos aracnídeos. O Sarcoptes scabiei tem um tamanho médio de 0,3 milímetros, que é basicamente o limite do que o olho humano nu consegue ver.
O Sarcoptes scabiei é um parasita que vive, alimenta-se e reproduz-se em nossa pele. O ciclo de vida deste ácaro dura cerca de 30 dias. Após a cópula, o ácaro macho morre enquanto a fêmea penetra através das camadas superficiais da pele, criando um microscópico túnel, onde ela fica entocada, depositando os seus ovos durante toda sua vida, que dura cerca de 30 a 60 dias. A fêmea do
Sarcoptes scabiei libera 2 a 3 ovos por dia. Os ovos eclodem em três ou quatro dias, e as larvas recém nascidas fazem o caminho de volta em direção à superfície da pele, onde amadurecem e podem se espalhar para outras áreas do corpo.
Os ácaros Sarcoptes scabiei produzem enzimas que degradam as proteínas da pele, principalmente a queratina, que serve de alimento para os mesmos. Conforme eles se movem através da epiderme, vão deixando para trás as suas fezes, criando lesões lineares na pele. As lesões e a coceira da escabiose são resultados de uma reação alérgica da pele contra o próprio ácaro, seus ovos e fezes.
TRANSMISSÃO DA ESCABIOSE
Ter sarna não é necessariamente um sinal de má higiene. A escabiose é uma infecção transmitida entre pessoas através de contato próximo. Os casos mais habituais são entre familiares que vivem na mesma casa. A via sexual é outra maneira comum de se adquirir sarna. Exército, lares para idosos, creches e presídios são locais onde frequentemente há surtos de sarna.
O contato entre crianças e adolescentes na escola não costuma ser próximo o suficiente para causar a transmissão, o que de modo algum significa que não haja risco. Do mesmo modo, um simples aperto de mão ou um rápido abraço não costumam ser suficientes para haver transmissão.
O ácaro Sarcoptes scabiei consegue sobreviver no ambiente por 24 a 48 horas, o que torna possível a transmissão através de roupas, lençóis ou toalhas, apesar desta via não ser a mais comum.
Animais, como cães e gatos, também podem ter sarna, mas o ácaro que os infecta é diferente, tornando a transmissão para humanos pouco comum. Quando ela ocorre é geralmente em animais realmente infestados de ácaro. Todavia, como o homem não é o hospedeiro habitual da sarna canina ou felina, o ácaro não se reproduz e a infecção dura apenas alguns dias (o tempo de vida do ácaro).
SINTOMAS DA ESCABIOSE
O sintoma clássico da escabiose é uma coceira difusa pelo corpo, que costuma ser mais intensa à noite.
O período médio de incubação da sarna é de cerca de 6 semanas. Porém, nos pacientes reinfectados, os sintomas podem surgir em apenas 24 horas. Uma pessoa contaminada é capaz de transmitir a sarna, mesmo que ainda esteja sem sintomas, no período de incubação.
As lesões típicas da escabiose são pequenas pápulas (pontinhos ou bolinhas com relevo) avermelhadas, de 1 a 3 mm de diâmetro. As lesões, às vezes, são tão pequenas que podem passar despercebidas ou camufladas pelos arranhões causados pela intensa coceira.
As lesões da sarna podem ser difusas. Os locais mais envolvidos são as mãos (principalmente entre os dedos), pulsos, cotovelos, axilas, mamilos (especialmente em mulheres), áreas ao redor do umbigo, genitália (especialmente em homens), joelhos, nádegas, coxas e pés. As costas são habitualmente poupadas e a cabeça, palmas e solas só costumam ser acometidas em crianças.
Os túneis produzido pelas fêmeas do Sarcoptes scabiei também podem ser visíveis, apesar de não serem tão comuns como as pápulas. Eles geralmente se apresentam como finos traçados na pele, discretamente elevados, que podem ter até 10mm de comprimento.
SARNA CROSTOSA (SARNA NORUEGUESA)
Na maioria dos pacientes com sarna, o número total de ácaros presentes não costuma ultrapassar uma centena. Após um aumento exponencial no início da doença, o sistema imunológico do paciente consegue frear a multiplicação do Sarcoptes scabiei, mantendo a sua população mais ou menos estável.
Em pacientes com alguma fraqueza do sistema imunológico, os ácaros podem conseguir se multiplicar indefinidamente, chegando a alcançar uma população de mais de um milhão em alguns casos. Esta super infestação de Sarcoptes scabiei é chamada de sarna crostosa ou sarna norueguesa, que é a forma mais grave da escabiose.
Os pacientes com maior risco são os idosos ou os portadores de problemas, como SIDA (AIDS), hanseníase, linfoma, síndrome de Down ou outras doenças que provoquem alterações do sistema imunológico.
A sarna crostosa provoca grandes crostas vermelhas na pele, que se espalham facilmente se não forem tratadas. O couro cabeludo, mãos e pés são frequentemente afetados, embora as manchas possam ocorrer em qualquer parte do corpo. As lesões da sarna crostosa geralmente não coçam e contêm um grande número de ácaros.
TRATAMENTO DA ESCABIOSE
BANHO DE ALECRIM: Ferva um litro de água com um punhado de folhas de alecrim e misture com um pouco de água fria, jogando a mistura do pescoço para baixo após o banho, sem secar com toalhas. Fazer isso duas ou três vezes ao dia. AZEITE DE OLIVA: A pessoa infectada deve tomar banhos quentes com xampus e sabonetes neutros para ajudar a bloquear o crescimento dos ácaros e da sarna, após o banho, fazer massagem com algodão ou gaze embebidos em azeite de oliva morno na região afetada, de preferência várias vezes ao dia. LIMÃO: cortar o limão em fatias grossas e aplicar diretamente no local infectado, deixando-o fixo com uma gaze por uns trinta minutos. Escolha os limões com bastante suco e não pegue sol após esse cataplasma, porque o limão mancha. ANIL: esmague folhas frescas de anil e aplique sobre as áreas afetadas como compressas, duas vezes ao dia, por trinta minutos
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